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Em 1515, Juan Dias de Solis, realizava uma expedição no estado de Santa Catarina, passando em direção ao Rio da Prata, dando o nome de baía dos “perdidos” as águas entre a Ilha, onde hoje está localizada a capital Florianópolis, e o continente. Anos depois, em 1526, a ilha foi nomeada como “Porto dos Patos” por Sebastião Caboto, que publicou os mapas referentes a expedição. Três anos depois, em 1529, no mapa-mundi de Diego Ribeiro a ilha surge com o nome de Santa Catarina. O Estado portanto conta com mais versões que dão origem ao seu nome, mas uma coisa é certa: a beleza encontrada aqui sempre foi estonteante e quem visita Santa Catarina sabe que um simples passeio por suas estradas e cidades são memoráveis.

O estado teve como seus primeiros habitantes os desertores e náufragos, apesar do mar calmo, estamos tratando de natureza, algo imprevisível. Os colonos açorianos dominam a história do estado, quando aqui desembarcaram 4500 colonos, que fizeram do litoral do continente sua casa, buscando na pesca e nas plantações sua comida, criando então a sociedade da época. Foi em 1829, que várias colônias européias se instalaram no estado, tendo como origem os alemães, italianos e eslavos. Muitas de nossas cidades hoje ainda vivem essas culturas como Blumenau, forte na cultura alemã com uma arquitetura encantadora, festas típicas e ainda tendo como idioma o alemão. Os italianos não estão longe, o oeste do estado tem sua predominância e também com muita cultura típica que vive nas cidades e no dia-a-dia de cada morador.

A encantadora capital, Florianópolis, tem muitas histórias (e mistérios). A ilha foi ocupada por Francisco Dias Velho, em 1637, que trouxe sua família e seus escravos que deram início a povoação, conhecida então como a Nossa Senhora do Desterro. A primeira capela do estado foi construída em 1642, o local recebia o nome de São Francisco. A cidade de Laguna nasceu em 1684, após a pacificação dos índios que habitavam a região e precisaram compartilhar de suas terras com as pessoas que chegavam ao local. No ano de 1739 o estado é então o posto português mais avançado da América do Sul, mas anos depois em 1777, os espanhóis invadiram a ilha expulsando as tropas e autoridades para o continente, a ilha agora estava dominada por eles. Mas a reviravolta chega no mesmo ano quando aos portugueses ela é devolvida após o tratado de Santo Idelfonso.

A Revolução Farroupilha também está marcada pelo nosso estado. As ideias abordadas eram bem aceitas pelos catarinenses, sendo assim os Farrapos dominaram a cidade de Laguna em julho de 1839, desse modo a cidade passou a se chamar “Cidade Juliana de Laguna”, o Governo Provisório da “República Catarinense” se estabeleceu lá. No final do mesmo ano os Farrapos foram derrotados em seus navios dando fim à ocupação.

Mas uma catarinense marcou a história da Revolução Farroupilha, Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Anita Garibaldi. Uma mulher em uma revolução que tornou-se lenda ao lado do italiano Giuseppe Garibaldi, juntos ele lutaram pela liberdade e fizeram dessa história um marco. Anita tornou-se conhecida como uma das mulheres mais fortes “do mundo”, por impor-se de modo que naquela época não era “aceito” em uma sociedade.

Outras revoluções e guerras fazem parte da história de Santa Catarina, como a Guerra do Contestado, entre 1912 e 1916. As manifestações que ocorreram em 2013 também dominaram as ruas de diversas cidades. Santa Catarina está presente na parcela de quem busca a revolução e melhoras para o país.

O Estado ainda conta com uma padroeira, Santa Catarina de Alexandria, que tem como símbolos a roda dentada quebrada, as palmas e o diadema. Seu nome começou a ser divulgado por meio das pinturas de Albertina Pires e dos quadros murais de Rodrigo de Haro. Mas faz anos que Santa Catarina de Alexandria perdeu o interesse do público, e há muitas pessoas que vivem no estado e não sabem de sua existência.

Ainda há busca pelo resgate de Catarina de Alexandria, o professor de filosofia João Lupi publicou dois livros intitulados: Santa Catarina: A jovem princesa de Alexandria e Santa Catarina: A origem de seu nome. Destinados ao público infantil, de onde se começa o aprendizado e o leva para a vida inteira, os livros foram lançados em 2004.

Catarina teve uma história triste. Converteu-se ao cristianismo e tentou convencer o imperador Maximiano de que a perseguição aos cristãos era um erro. Por seus ideais Catarina foi caçada torturada e degolada. Mas um milagre aconteceu, ao invés de sangue seu corpo jorrou leite e Catarina ficou conhecida como a defensora da fé. Trocando a sua vida pela fé cristã. Sua morte ocorreu no dia 25 de novembro, e a data passou a ser dedicada à imagem da princesa, agora transformada em santa cristã.

As origens do nome do Estado são muitas, além disso Santa Catarina tem muitos mitos, principalmente em sua capital, Florianópolis, conhecida como a ilha da magia, não apenas pelas suas belezas naturais, mas por estar associada a lendas urbanas de bruxas e misticismo.

Dizem que as bruxas assustavam os pescadores, roubando seus barcos e brincando com as suas tarrafas. A lenda conta que elas saiam a noite para dar nós nos rabos dos cavalos e sobrevoavam a cidade. As pessoas que se mudam para a ilha da magia devem pedir licença as bruxas para ter uma vida bem sucedida na capital. O assunto já foi tema de filmes nacionais gravados em Florianópolis.

A Bandeira de Santa Catarina

A bandeira de Santa Catarina foi criada em 15 de agosto de 1895, durante o governo de Hercílio Luz e traz elementos que remetem às plantações desenvolvidas no estado.

Significado dos elementos da Bandeira:

  • Barrete Frígio: representa o governo Republicano;
  • Trigo: representa a agricultura forte do estado;
  • Café: representa as lavouras do litoral do estado;
  • Escudo: informa a data do reconhecimento da República no estado (17 de novembro de 1889.
  • Chave: mostra que Santa Catarina é um ponto estratégico do Brasil;
  • Águia: representa a força do povo catarinense;

 

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