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A arte e cultura tem espaço especial em Itajaí. A Casa da Cultura Dide Brandão é o local onde os artistas itajaienses e regionais utilizam para expor e criar. A Casa está integrada a Fundação Cultural de Itajaí, o trabalho em conjunto traz eventos nacionalmente conhecidos como o Festival de Música e eventos de teatro.

A Casa da Cultura é o antigo prédio do Grupo escolar Victor Meirelles, inaugurado no dia 4 de dezembro de 1913. A escola foi baseada em um modelo existente no estado de São Paulo, onde o prédio era dividido em “seção masculina e seção feminina”, onde cada professor era responsável por cada turma. Este ano o prédio comemora 102 anos no dia 4 de dezembro, a construção aconteceu durante o governo do Coronel Vidal de Oliveira Ramos. Muitos entusiastas de Itajaí passaram pela escola e levam boas recordações do tempo da lousa. Com o tempo a escola se desmanchou e deu origem a um centro cultural.

O nome Dide Brandão é uma homenagem a José Bonifácio Brandão, o J. Brandão, como autografava seus trabalhos artísticos. Dide, como era conhecido pela cidade foi um dos mais notáveis artistas plásticos de Itajaí. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, então as primeiras exposições começaram, até receber a menção honrosa no V Salão Municipal de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, em 1952.

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Foto: Sara Uriarte

Na sociedade Guarani, localizada próxima a Casa da Cultura, foi onde Dide Brandão realizou sua primeira exposição individual, em 1955. Em sequência foram 18 exposições coletivas e 17 amostras individuais em várias cidades brasileiras, o que o projetou no meio artístico nacional trazendo conquistas de inúmero prêmios. O artista faleceu no dia 1º de fevereiro de 1976, em um acidente na BR-101, no município de Penha.

Muitos artistas passaram pela Casa da Cultura e deixaram marcas e lembranças, a mais notável é a obra “Os Carijós”, um mural de madeira de cedro exposto ao lado das galerias. A arte foi entalhada pelo artistas Itajaiense Silvestre João de Souza, que homenageou os antigos índios que habitavam a região do Vale do Itajaí. A arte passou por uma restauração pelo próprio artista em 2014, que deu destaque maior a técnica de luz e sombra desenvolvida.

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Foto: Sara Uriarte

O painel foi ganhando vida dentro de uma das salas da Casa da Cultura, o que serviu como uma atração artística. Todos que passavam pelo local paravam para conferir como andava o trabalho de Silvestre, entre palpites as figuras humanas foram moldando-se de forma diferente do planejado pelo artista. E assim durante os anos de 1983 e 1984, a obra ganhou vida, algumas vezes a dedicação diária chegava a 16 horas de trabalho por dia.

A Casal da Cultura é símbolo de arte e resistência para os artistas, é nela que muitos buscam seu espaço para mostrar ao mundo suas obras. Se você estiver passando por Itajaí não deixe de conferir a programação desse lugar único que está em constante ebulição artística.

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Foto: Eliza Doré

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